domingo, 4 de agosto de 2013

PIPOCA É SAUDAVEL?

Normalmente consumida em momentos de lazer, como cinema, em casa assistindo um filme ou em algum momento especial na Tv.
Em uma pesquisa pela American Chemical Society afirma que o milho estourado pode trazer benefícios á saúde.
Isso porque esse alimento pode ter o mesmo nível, ou até mais, de antioxidantes do que algumas frutas e vegetais, como maçã e pera. Segundo cientistas da University of Scranton, nos Estados Unidos, a quantidade de polifenois – um tipo de antioxidante – encontrada em cerca de 20 gramas de pipoca representa, em média, 13% do consumo diário recomendado dessa substância.
Essa alta concentração existe porque, diferentemente de frutas e verduras, ela tem apenas 4% de água em sua composição, diluindo pouco os antioxidantes. Por isso, é apontada como uma aliada na prevenção de doenças cardiovasculares, neurológicas, envelhecimento precoce e até do câncer.
Pesquisas anteriores mostraram que essa comida possui muitas fibras, o que contribui para a saciedade e bom funcionamento do intestino, contém ácido fólico, bom para problemas cardiovasculares e tratar anemias, magnésio e as vitaminas B1 e B2. Além disso, ela é 100% integral e não é processada – ao contrário de muitos alimentos ditos integrais atualmente. O responsável pela pesquisa Joe Vinson chega a afirmar que ela é o “lanche perfeito”.
Mas isso não significa que a pipoca pode substituir outros itens na dieta, pois, apesar de possuir vários nutrientes, ela não consegue suprir todos os outros existentes nos vegetais. Outro ponto que é preciso lembrar é o perigo do excesso de gordura e sal usado no preparo dessa comida, principalmente na de microondas.
O óleo, margarina ou manteiga podem aumentar muito a quantidade de calorias e consequências nocivas ao corpo, enquanto o sal e os temperos especiais podem fazer crescer os níveis de sódio, tirando as vantagens de consumir a pipoca.
Concentra mais antioxidantes do que frutas vermelhas além da quantidade de fibras
Um estudo recente da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos. Segundo o time de cientistas, pasme, a pipoca reúne mais certos antioxidantes do que uma porção de frutas e verduras. Ou seja: ela seria uma aliada ardilosa na guerra contra os radicais livres, aquelas moléculas instáveis e perigosas que atacam as células e provocam desastres que vão de envelhecimento precoce a câncer. “Isso se deve à diferença entre a quantidade de água encontrada na pipoca, que é de 3 a 5%, e a detectada nos vegetais, que chega a 90%”, informa Joe Vinson, líder do trabalho. Na prática, esses valores referentes à umidade revelam que no subproduto do milho os compostos fenólicos – benditos antioxidantes! – ficariam concentrados, enquanto nas outras classes alimentares eles apareceriam mais diluídos. “A pipoca é o único snack formado 100% pelo grão. Já os antioxidantes encontrados em outros produtos à base de sementes integrais, por exemplo, são removidos ou sofrem degradação durante o processamento.”
As substâncias protetoras da saúde estão na casca, aquela capa que teima em ficar agarrada nos dentes. E, se o milho que levar para casa der origem a uma pipoca naturalmente amarela ou creme, bingo! Sinal de que a parte fofinha do alimento é ainda fonte de carotenoides. “Essas substâncias também atuam como antioxidantes e, no corpo, são convertidas em vitamina A”, ensina a cientista de alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A transformação é ótima para o sistema imunológico e para os olhos, que ficam blindados contra degeneração macular relacionada à idade.
Apesar de grudenta, a casca da pipoca está cheia de atributos. Afinal, nela também estão doses generosas de fibras, substâncias que contribuem para a formação do bolo fecal. “Para eliminá-lo com maior facilidade, é necessário aumentar o consumo de água”, lembra a nutricionista Viviane Piatecka, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região. O melhor é que o papel das fibras não fica restrito a dar um empurrão ao funcionamento do intestino. Elas também são reverenciadas por tornar a digestão mais lenta, prolongando, assim, a sensação de barriga forrada – uma vantagem e tanto para quem quer derrubar o ponteiro da balança.
Já na parte fofa e geralmente branca dessa pequena notável fica guardado outro amigão do organismo: o amido resistente. O nome, convém dizer, não foi dado à toa. Isso porque ele passa praticamente intacto pelo aparelho digestivo. Só no intestino grosso é que micro-organismos da flora o transformam em ácidos graxos de cadeia curta. “Eles deixam a área mais ácida, favorecendo a proteção contra células cancerosas. Por isso, o consumo de amido resistente tem sido associado à redução do risco de tumores no órgão”, detalha Maria Cristina, da Embrapa.
Mas não vá achando que o sinal está verde para se entupir com a pipoca vendida no cinema ou a industrializada para micro-ondas. Essas são justamente as que merecem estar no banco dos réus 
O recomendado para se beneficiar das qualidades do alimento é prepará-lo na boa e velha panela, com só um pouquinho de óleo para não formar uma verdadeira bomba calórica. Se desejar, a gordura pode até ficar de fora da receita. “É só colocar uma porção de milho em um saquinho como aqueles para pão e vedá-lo na ponta. Depois, deixe por alguns minutos no micro-ondas”, instrui Eduardo Sawazaki, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior paulista.


LEMBRE-SE:
- Não consumir Pipoca de Micro-ondas;
- Colocar pouco ou nenhum sal;
- Colocar pouco ou nenhum óleo e manteiga
- Evitar qualquer outro tipo de molho

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